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Seguindo a Virtude

  • 2 de fev. de 2021
  • 3 min de leitura

Hoje em dia se fala muito sobre propósito e estudos acerca da espiritualidade. Existe uma busca quase que desenfreada em desbravar os segredos da natureza, os segredos dos antigos conhecimentos e do mundo espiritual.


As pessoas cada vez mais buscam templos, meditam, querem conhecer tradições milenar e se empenham para acessar conhecimentos muitas vezes ditos ocultos. O que acontece hoje, de certa forma, pode ser chamado de uma corrida esotérica.


Isso de forma alguma é ruim, o conhecimento é sempre bom e nos liberta de amarras da ignorância. O grande problema que eu vejo é que as pessoas parecem continuar sem compreender a realidade profunda das coisas. Não que eu a saiba, da forma como a maioria das pessoas entendem isso, pelo contrário, estou tão ou mais distante desses dados do que a maioria.


Mas a realidade profunda, para mim, nos foi revelada há muito tempo e ainda nos é revelada diariamente. Muito melhor do que compreender segredos do universo, da natureza, vislumbrar vidas passadas, acessar materiais akáshicos, etc, é entender que tipo de pessoas nós somos e evoluir como seres humanos. Todo o resto, querendo ou não, são conhecimentos.


Conhecer é sempre bom, como eu já coloquei, mas de que adianta o conhecimento das leis universais, dentre outras coisas, se não as aplicamos? De que adianta o conhecimento destituído da prática moral, do aprimoramento das virtudes? Para mim, isso é um enorme problema que enfrentamos hoje.


Vemos muitas pessoas que se proclamam templários da nova era, paladinos da justiça e da bondade, emissários da nova mensagem, portadores do novo conhecimento, mas sequer conseguem manifestar uma conduta virtuosa em sua vida particular. Esse tipo de pessoa, com o perdão da palavra, se assemelha mais com os falsos profetas bíblicos do que qualquer outra coisa.

É público, notório, histórico e presente em quaisquer materiais religiosos, de qualquer religião, qualquer filosofia, que o faz de alguém bom, o que faz de alguém sábio, o que faz de alguém um profeta, são suas ações. Conheceremos os verdadeiros portadores da mensagem pela qualidade das ações dessas pessoas.


De nada adianta um estudo aprofundado sobre o esoterismo, frequentar templos esotéricos, se debruçar sobre os mais variados assuntos milenares, tatuar o corpo com esse ou aquele símbolo, publicar coisas nas redes sociais diversas coisas sobre si mesmo, se sequer buscamos uma conduta mais moral, mais virtuosa.


No final das contas, esotericamente falando, ressalvados alguns conhecimentos específicos, a maioria deles é aplicável somente ao nosso globo, à nossa realidade. Ou seja, milenarmente falando, sequer estamos adquirindo conhecimentos eternos. Como já inclusive falamos aqui, por diversas vezes, o imutável, o eterno, o imperecível, é a cultura da nossa alma, aquilo que nós conhecemos como virtudes.


As virtudes são basicamente as ferramentas que utilizamos para nos relacionar com o mundo, com as coisas. Se uma pessoa é gentil com um grupo de pessoas, mas não é gentil com outras, ela não possui a virtude da gentileza. Ela simplesmente escolhe quem quer tratar bem, talvez até por interesse.


A virtude, quando é real, se manifesta sempre, porque faz parte da ferramenta que você possui para se relacionar com sua vida. Uma pessoa de fato honesta, justa, não rouba nem um carro e nem uma bala. E isso não precisa necessariamente ser pensado e sequer gera algum tipo de dúvida, se torna algo natural porque as virtudes são essência, são quem somos.


Dessa maneira, ao invés de correr desenfreadamente atrás de conhecimentos e mais conhecimentos, para se proclamar desperto ou um grande mago, é muito importante que busquemos nos aprimorar como seres humanos, desenvolver nossas qualidades da alma. Isso é uma urgência para a qual precisamos acordar. É necessário perseguir a Virtude.


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